segunda-feira, 30 de maio de 2016

Os 10 Pecados Mortais de uma Narrativa


Sempre que acabamos de escrever um texto narrativo, lá vem a mesma pergunta nos atormentando: será que ficou bom? Ao recebermos de volta nossa redação corrigida, vemos que falhamos em alguns aspectos, que poderíamos evitar alguns erros. Este artigo foi escrito pensando nisso: como evitar os "pecados" mais frequentes da narrativa? Pois bem, vamos dividir os tais "pecados" em dez tipos mais frequentes e tentar não cometê-los.

1.                      Uso e mau uso das palavras
Você sabe muito bem que as palavras funcionam como matéria-prima para a construção de qualquer texto. No entanto, elas também são como uma faca de dois gumes, fique atento.Um defeito que um bom texto jamais deverá apresentar é a repetição de palavras sem fins estilísticos. Claro que não estamos falando de repetições intencionais como as anáforas, por exemplo, mas daquele tipo que desgasta a narrativa e empobrece, inclusive, seus significados. Veja o exemplo:
"A menina esteve sentada ali durante toda a tarde. Coitada da menina, não sabia que a consulta duraria tanto e que sua mãe ficaria, então, preocupada. A menina pediu para telefonar e falou com a mãe, explicando-lhe a demora."
Dica: procure substituir os nomes por pronomes quando perceber que você repetiu muito a mesma palavra.

2.                      Uso de clichês
Nada mais devastador do que o clichê, entendendo-se como clichê as repetições de expressões, ideias ou palavras que, pelo uso constante e popularizado, nada mais significam. Exclua de sua redação narrativa as expressões:
"lindo dia de sol", "abraço cheio de emoção", "beijo doce", "ao pôr-do-sol", "faces rosadas", "inocente criança", "Num belo domingo de Primavera...", "família unida", "uma grande salva de palmas", "paixão intensa".
Estes são apenas alguns exemplos, claro. E depende da sensibilidade de cada um para captar os desgastes que as palavras e expressões possuem.

3.                      Falta de coerência interna
Outro aspecto também muito desgastante: levando-se em conta que uma narrativa é uma sucessão de acontecimentos que ocorrem em tempo e espaço determinados, que envolvem ações feitas e recebidas pelas personagens, é interessante que jamais percamos a coerência interna. Precisamos ter atenção na construção do texto narrativo, a fim de que ele, que é como se fosse um tapete num tear, não perca suas qualidades de completude. Deixar pelo caminho situações mal desenvolvidas, circunstâncias mal nomeadas ou esclarecidas dão sempre a ideia de desatenção, pressa ou falta de cuidado com a tessitura do texto. Ele deve sempre parecer um todo verossímil, capaz de convencer quem o leia. Imitação da vida ou ultra realidade, o texto não pode, a não ser por escolha do autor, como estilo, parecer frágil em alguns aspectos, sem resistência de continuidade. Mesmo que o tempo seja "cortado" e nele se insiram os flashbacks, não permita que ele se fragmente e esses fragmentos esgarcem a compreensão do que você imprimiu à sua história.
Dica: lembre-se de que a narrativa é como uma vida, um trecho dela: há circunstâncias que, se retiradas, fazem-na tornar-se = incompleta ou superficial.

4.                      Ausência de características das personagens
Quando construímos a personagem ou personagens, sabemos que elas devem parecer verdadeiras, criaturas assemelhadas que são aos humanos. Mesmo numa fábula ou num apólogo, em que animais ou coisas são personificados, há uma tendência de caracterizá-las como criaturas do mundo real. Uma personagem, sobretudo a protagonista, deve ter traços fortes, típicos, particulares. Se você criá-las sem características específicas, não há como ressaltar- lhe os atos e tomá-los significativos na sequência da narração.
Dica: uma boa personagem tem um cacoete qualquer; uma cor de olhos, tiques, manias, gestos (passar a mão no cabelo, estalar os dedos ou balançar a cabeça de um lado para o outro.)
5.                      Ausência de características espaciais
Outro problema que é muito complicado para quem escreve é a caracterização do espaço onde ocorrem as ações. Muitas vezes, ele sequer existe, como no trecho abaixo:
"Enquanto lá fora chovia intensamente, as crianças pulavam aos berros sobre o sofá da sala."
Quando o corretor lê isso, sem mais nenhuma indicação posterior, o que pode imaginar é um sofá no meio do nada e três crianças pulando sobre ele... uma janela dependurada e lá fora a chuva intensa...
Este aspecto é tão importante que, frequentemente, revela estados de espírito, características psicológicas e intelectuais das personagens. Dica: não seja excessivamente minucioso, aborde aspectos. Por exemplo: numa narrativa de terror ou suspense, em que uma determinada cena vai se desenvolver no sótão ; ou no porão, é imprescindível que você, em dado momento, indique - e descreva - os caminhos que conduzem a tais lugares.

6.                      Uso reiterado de adjetivos
Imagine se você lesse um início de narrativa assim:
"Numa linda, perfeita, maravilhosa, fantástica e ensolarada manhã de primavera brasileira, aquela extraordinária jovem de cabelos longos, negros e volumosos abriu a ampla janela para o belíssimo e perfeito jardim..."
Diga a verdade: você aguentaria ler o resto? É evidente que, ao descrever uma personagem ou o ambiente em que ela se encontra, precisaremos da ajuda de adjetivos; mas saiba priorizá-los no uso, evitando abundância desnecessária. Uso ampliado de adjetivos também desgasta (como no exemplo acima) o texto, banaliza-o e nada acrescenta a ele senão um certo pernosticismo que todos queremos evitar.

7.                      Escrita circular
Qual é o tamanho correto que se deva dar a um texto narrativo no vestibular? Rigorosamente, não há tamanho exato para nenhum tipo de texto, muito menos os narrativos. Mas convém não ultrapassar 40 ou 50 linhas para que não incorramos num erro muito significativo: escrever "circularmente", ou seja, repetir, infinitamente repetir, ao redor do mesmo tema, a mesma história ou argumentos como uma espécie de bêbado que fala sempre a mesma coisa. Escrever circularmente é como andar em círculos, sem que possamos sair do lugar, investindo em algo que é importante para qualquer narrativa: as ações novas que se encadeiam, a peripécia dos acontecimentos, a sequência que nos permita um bom fecho.
Dica: antes de começar a escrever, faça um breve roteiro (não é um resumo) sobre como quer que a história se desenvolva. Ajuda muito e nos auxilia a não nos perdermos em descaminhos.

8.                      Começo, meio e fim...
Um bom texto narrativo deve seguir esta sequência: começo, meio e fim? Nem sempre. Muita gente, quando escreve, imagina que, para ser compreendido, é preciso ser didático. Errado, pecado mortal. Não acredite nisso. Uma outra pergunta que se faz muito ao intentar um texto narrativo é se ele pode terminar em "aberto", ou seja, apenas com a sugestão de fecho, aceitando a interferência, a interação com o leitor que pode, de acordo com suas vivências e experiências, "fechá-lo" à sua maneira. Isso é uma boa dica, acredite, para fazer melhor o seu texto. Experimente, por exemplo, começá-lo pelo clímax, assim você rompe o lugar comum e chama mais a atenção do seu corretor, que tal?

9.                      Esquecendo uma personagem
Antes de começar o seu texto, lembre-se de ler com atenção todas as recomendações do enunciado e não se esquecer de qualquer recomendação. Sobretudo quando se trata de criar um determinado tipo de personagem. Se o enunciado pedir a você que crie um detetive, uma mulher que lê mãos, um homem misterioso de chapéu, tais pedidos, certamente, fazem parte fundamental do que se pretende da narrativa. Pior do que isso é começar a narrar e, após citar uma personagem, esquecê-la, deixá-la de lado, não trazê-la ao fio da história para que se desenvolva plenamente. "Esquecer" uma personagem é ato narrativo imperdoável.

10.                  Esquecendo uma ação
Por fim, nada pior que esquecer uma ação exigida pelo enunciado. Quando ele pede um determinado componente acional, melhor prestar muita atenção e dar um contorno de relevância a isso. Normalmente, o enunciado destaca o que pede como imprescindível. E antes de passar a limpo a redação, vá ao rol de exigências e confira se cumpriu todos os itens.

Há duas coisas que dão nota zero na hora de elaborar o texto: fugir do modal, trocá-lo (pede-se, por exemplo, uma narração e você faz uma dissertação..). A outra é esquecer os itens do enunciado, descumpri-los ou relegar exigências fundamentais a circunstâncias secundárias.

domingo, 22 de maio de 2016

Descrição - I

Descrever é:
I.                   fazer viver os pormenores, situações ou pessoas;
II.                 evocar o que se vê, sente;
III.              criar o que não se vê, mas se percebe ou imagina
IV.              não copiar friamente, mas deixar rica, uma imagem
V.                não enumerar muitos pormenores, mas transmitir sensações fortes.

Na descrição o ser e o ambiente são importantes. Assim, o substantivo e o adjetivo devem ser explorados para traduzirem com ênfase uma impressão.

 Texto Descritivo
O que é descrição? É a ação que você toma de descrever sobre algo ou alguém. Então, o que é descrever? Vejamos, de acordo com o dicionário, é o ato de narrar, contar minuciosamente. Sempre que você expõe com detalhes um objeto, uma pessoa ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da descrição. Esta última é como se fosse um retrato distinto e pessoal de algo que se vê ou se viu! Assim, para se fazer uma boa descrição, não é necessário que seja perfeita, uma vez que o ponto de vista do observador varia de acordo com seu grau de percepção. Dessa forma, o que será importante ser analisado para um, não será para outro. 
Portanto, a vivência de quem descreve também influencia na hora de transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto, pessoa, animal, cena, ambiente, emoção vivida ou sentimento.
Os pormenores são essenciais para se distinguir um determinado momento de qualquer outro, desse modo, a presença de adjetivos e locuções adjetivas é traço distinto de um texto descritivo. 
Quando for descrever verbalmente, tenha sutileza ao transmitir e leve em consideração, de acordo com o fato, objeto ou pessoa analisada: 


a) as cores;
b) altura; 
c) comprimento; 
d) dimensões; 
e) características físicas; 
f) características psicológicas; 
g) sensação térmica; 
h) tempo e clima; 
i) vegetação;
j) perspectiva espacial; 
l) peso; 
m) textura;
n) utilidade; 
o) localização; e assim por diante. 


Claro, tudo vai depender do que está sendo descrito. Em uma paisagem, por exemplo, a descrição poderá considerar: a posição geográfica (norte, sul, leste, oeste); o clima (úmido, seco); tipo (rural, urbana); a sensação térmica (calor, frio) e se existem casas, árvores, rios, etc. 

Como descrever bem?
a) Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas.
EX: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor alegre do sol.
b) Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas, concretas.
EX: As criaturas humanas transpareciam um céu sereno, uma pureza de cristal.
c)                  As sensações de movimento e cor embelezam o poder da natureza e a figura do homem.
EX: Era um verde transparente que deslumbrava e enlouquecia qualquer um.
d)                 A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do texto.
EX: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O pessoal, muito crente.

A descrição de um objeto será única e nunca será totalmente verdadeira. Motivos:
1º o ângulo de percepção do objeto varia de observador para observador;
2º a análise do objeto levará à seleção de aspectos mais importantes, a critério do observador;
3º o resultado do trabalho corresponderá a uma solução possível.

A descrição pode ser apresentada sob duas formas:
·                    Descrição objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem são apresentadas como realmente são, concretamente.
a)                  Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70Kg. Aparência atlética, ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos".
b)                 O objeto tem 3 metros de diâmetro, é cinza claro, pesa 1 tonelada e será utilizado na fabricação de fraldas descartáveis. 
·                    Descrição subjetiva: quando há maior participação da emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são transfigurados pela emoção de quem escreve. Portanto, na descrição subjetiva há interferência emocional por parte do interlocutor a respeito do que observa, analisa. 

a)                  Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos, calmos, eram de um rei..." ("O Ateneu", Raul Pompéia).
b)                 Era doce, calma e respeitava muito aos pais. Porém, comigo, não tinha pudores: era arisca e maliciosa, mas isso não me incomodava. 

Descrição de um objeto
Deve-se levar em conta:
1.                  A escolha do ângulo de percepção:
a)                  a perspectiva espacial
b)                 a relação observador X objeto.
2. Análise do objeto: forma, cor, dimensões, peso, textura, material, utilidade. etc.
3. A seleção de aspectos: a critério do observador.
Exemplo: "Um cilindro de madeira, de cor preta, medindo aproximadamente 17,5cm. de comprimento po 0,7cm. de diâmetro, envolve um cilindro menor, de grafite, de mesmo comprimento, porém de 0,15cm. de diâmetro. De uma das extremidades, foi retirada madeira, formando-se um cone, cujo ápice é uma fina ponta de grafite".

Descrição de uma paisagem
Deve-se levar em conta:
Ângulo de percepção.
Análise: rural ou urbana, habitações, personagens, solo, vegetação, clima, localização geográfica.
Escolha de aspectos: a critério do observador.
Exemplo: "Abriu as venezianas e ficou a olhar para fora. Na frente alargava-se a praça, com o edifício vermelho da Prefeitura, ao centro. Do lado direito ficava o quiosque, quase oculto nas sombras do denso arvoredo; ao redor do chafariz, onde a samaritana deitava um filete d'água no tanque circular, arregimentavam-se geometricamente os canteiros de rosas vermelhas e brancas, de cravos, de azáleas, de girassóis e violetas". ("Um Rio Imita O Reno", - Vianna Moog).

Descrição de uma pessoa
Deve-se levar em conta:
Ângulo de percepção.
Análise:
a) aspectos físicos: sexo, idade, peso, cor de pele, cabelos, olhos, estatura, etc.
b) aspectos psicológicos: às vezes, a descrição de um aspecto físico do indivíduo poderá revelar um traço psicológico;
c) resultado.
Exemplo: "O gaúcho do sul, ao encontrá-los nesse instante sobreolhá-la-ia comiserado.
O vaqueiro do norte é a sua antítese. Na postura, no gesto na palavra, na índole e nos hábitos, não há que equipará-los. O primeiro, filho dos plainos sem fins, afeito às correrias fáceis nos pampas e adaptado a uma natureza carinhosa que o encanta, tem, certo, feição mais cavalheirosa e atraente. A luta pela vida não lhe assume o caráter selvagem da dos sertões do norte. Não conhece os horrores da seca e os combates cruentos a terra árida e exsicada.  ....e passa pela vida, aventureiro, jovial, disserto, valente e fanfarrão, despreocupado, tendo o trabalho com um diversão que lhe permite as disparadas, domando distâncias, nas pastagens planas, tendo os ombros, palpitando aos ventos, o pala inseparável como uma flâmula festivamente desdobrada. ("Os Sertões", Euclides da. Cunha)


Como você vai saber se fez uma excelente narração descritiva?  Quando reler o seu texto e perceber se de fato outros leitores visualizarão como reais o que está sendo descrito!










domingo, 15 de maio de 2016

As rimas da crase


10 dicas para usar crase corretamente

Usar crase corretamente pode ser um grande desafio, mas é mais fácil do que parece. Separamos algumas dicas que vão te ajudar a identificar quando o A pede o acento grave e quando ele não deve ser usado.

Primeiro, é preciso compreender o que isso significa:
A palavra crase significa fusão, junção. Em português, a palavra crase é a fusão das vogais idênticas a + a, indicada por meio do acento grave (à). (TERRA, 1995)
Agora, veja as dicas de como utilizar a crase corretamente:

#1 - Fusão da preposição com o artigo feminino ou as
Vamos à escola
Vamos a (preposição) + a (artigo) escola
No plural, a regra é mantida:
Fomos às palestras
Fomos a (preposição) + as (artigo) palestras

#2 - Fusão da preposição com o os pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo
Fui àquela casa
Fui a (preposição) + aquela (pronome) casa

#3 - Fusão da preposição com o pronome relativo a qual (as quais)
A loja à qual me refiro fica no shopping
A loja a (preposição) + a qual (pronome relativo) me refiro fica no shopping

#4 - Fusão da preposição com o pronome demonstrativo ou as (no sentido de aqueles ou aquelas)

Sua roupa é semelhante à que usei naquela festa
Sua roupa é semelhante a (preposição + a (pronome demonstrativo) que usei naquela festa

#5 - A dica de ouro
Sabemos que memorizar as regras acima não é fácil. Por isso, aí vai uma dica que irá te ajudar a detectar quando a crase é necessária.
Substitua o termo que vem depois do por uma palavra masculina correspondente. Se depois da mudança o precisar ser substituído por ao,significa que existe ali uma preposição (a) e um artigo (a) quando o termo utilizado for feminino.

Ainda não entendeu? A gente mostra na prática:

Contei a história à professora
Nesse caso, o recebe crase conforme a dica número 1. Mas, se você não se lembrar da regra, pode substituir a palavra professora porprofessor, obtendo a seguinte frase:

Contei a história ao professor
Percebeu? Se o termo masculino pede a fusão da preposição com o artigo o, resultando em ao, logo, um termo feminino aplicado à mesma situação pedira à.

#7 - Quando não usar crase
·                     Quando não há preposição:
Eu vi a cantora no aeroporto. (Eu vi a (artigo) cantora no aeroporto)
·                     Diante de palavras masculinas:
Não assisto a filmes de terror. (Não assisto a (preposição) filmes de terror)
·                     Antes de verbos:
Não estou disposto andar tantos quarteirões. (Não estou disposto a (preposição) andar tantos quarteirões)
·                     Expressões com palavras repetidas
Dia a dia, frente a frente, passo a passo...
·                     Frente a pronomes que dispensam artigos
Contei tudo a ela. (Contei tudo a (preposição) ela)

#8 - Situações que sempre há crase
·                     Diante do número indicativo de horas (exceto meio-dia.Nesse caso, usa-se ao meio-dia)
A aula começa às sete horas
Ela chegou à uma hora (Nessa frase, o sujeito (ela) chegou ao local quando o relógio marcava uma hora. Não confundir com "Ela chegou  uma hora", que significa que faz uma hora que o sujeito está no local)
·                     Antes das expressões adverbiais femininas
À noite
Às claras
À disposição
À procura
À vista

#10 - Vá e volte para saber usar crase diante de nomes de lugares
Vou à Itália? Ou vou a Itália? Para saber, volte de lá!
A dica é simples: na dúvida, pense na frase Venho da Itália. No caso, você usou o pronome da [de (preposição) + a (artigo)], portanto, na frase Vou à Itália, a crase se faz necessária.

Aqui vão outros exemplos:
Vou à Irlanda - Venho da Irlanda
Vou à Bélgica - Venho da Bélgica
Vou à Bahia - Venho da Bahia
Vou a São Paulo - Venho de São Paulo
Vou a Curitiba - Venho de Curitiba
Vou a Roma - Venho de Roma


 Referência bibliográfica
TERRA, Ernani. Minigramática. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1995. 501 p.


Objetivo
Preparar o aluno, a partir de uma abordagem teórica, para desenvolver textos dissertativos, narrativos ou descritivos é o objetivo da oficina de redação. O curso enfatiza a modalidade argumentativa e simula, semanalmente, através da prática da produção textual, uma variedade de temáticas e discussões contemporâneas.
A correção criteriosa detecta os erros e reorienta o estudante. O Laboratório de Redação é, além disso, um espaço privilegiado para a discussão dos grandes temas da atualidade, enriquecendo as informações e a capacidade de argumentar, requisitos fundamentais nas dissertações – modalidade de redação exigida na esmagadora maioria dos exames, principalmente no ENEM e em vestibulares.
Venha comigo e se divirta nessa aventura da escrita!
Beijos da professora Cleide Tamanini Bogo